Antes de 2018, a Nova Zelândia era um refúgio de luxo para os super-ricos dos EUA que procuravam preparar-se para o apocalipse, oferecendo total privacidade no meio de paisagens espetaculares. No entanto, as restrições à compra de propriedades por estrangeiros implementadas pelo governo naquele ano têm gerado desafios para vendedores e compradores.
Propriedades como uma casa de três quartos nos arredores de Queenstown, na Ilha Sul, com acesso privilegiado a esqui de primeira classe, golfe e vinhas, têm sido procuradas por compradores internacionais. No entanto, as regulamentações rigorosas limitam a venda de imóveis apenas a cidadãos e residentes fiscais do país, com poucas exceções, conta a ‘Bloomberg’.
Embora as restrições tenham sido bem recebidas por alguns setores da sociedade neozelandesa, a falta de capital estrangeiro tem dificultado a venda de propriedades de luxo, como a casa rural chamada Pokapu, à venda há 18 meses por 13 milhões de dólares neozelandezes, cerca de 7,5 milhões de euros.
A propriedade tem 609 metros quadrados, 40 hectares de terra, quartos com vista para a água e montanhas, e ainda uma garrafeira subterrânea.
O corretor imobiliário Russell Reddell, da New Zealand Sotheby’s International Realty, destaca que o interesse significativo na propriedade vem principalmente de compradores internacionais, destacando os desafios enfrentados pelo mercado local.
As disputas políticas sobre a regra persistem, com o novo primeiro-ministro, Christopher Luxon, a reconsiderar promessas eleitorais de revisão das restrições.
Apesar das esperanças renovadas de flexibilização das regras, as propriedades de luxo como Pokapu continuarão provavelmente a enfrentar restrições de venda, especialmente aqueles em terrenos considerados “terras sensíveis” pela lei neozelandesa.
Este cenário tem levado potenciais compradores a considerar outras opções de investimento, como na Austrália, onde as restrições são menos severas.
